Me sinto tal qual uma criança que se perde dentro do próprio jardim. Uma curva errada numa árvore recém conhecida e já não se sabe mais onde está. A curiosidade toma conta daquela fresta entre os arbustos e enfiamos nossas maozinhas entre os gravetos, esperando achar o país das maravilhas e tudo que se acha é o fim da curiosidade e o início do desespero. A sensação da liberdade do desbravamento se esvaiu completamente e nos agachamos em posição fetal para cair no profundo de nós mesmos. O pulso pulsa arfante, entre a dor e o consolo. O peito palpita sanguinolento, esbugalhados olhos.- Arrependimento.
E tudo que podemos ver dentro das nossas almas descontroladas é um espelho da fotografia - a imagem da imagem. O inalcançável retorno ao eu. Cada milésimo de segundo dura um ano, sentimos o tempo transcorrer do arrepio dos pêlos. Um suspiro taquicárdico, cada segundo é um século. A fragilidade exala da epiderme como suor e o frio que goteja por dentro é a ponta perfurante, que não nos deixa desfalecer completamente.
Eu ainda estou esperando você vir me buscar...